sábado, 20 de setembro de 2008

Homenagem - espero que não seja considerado ofensa - a Lyotard

O Inumano*


Não penso no poema,
ele ocorre:
escorre do meu corpo
como suor e palavra.

É só algo em vez do nada,
algo abstrato,
sem extrato,
feito só de palavra.

E mesmo se ninguém gostar,
basta olhar
que ele será.

Será sublime
por tudo que faltou falar.

(autor heterônimo: Crisântemo)

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